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domingo, 16 de setembro de 2012

Bissexualidade e Dupla personalidade – Sexo e Aprendizado

Essa não é a história da minha vida, mas digamos que uma parte dela será contada aqui.
Bom, pra começar nem ao menos sei se sou gay o tempo todo, porque sou casado com mulher e tenho comportamento bissexual, então como definir isso?, tenho um relacionamento sólido há 12 anos com uma mulher, desses, sete anos casado, amo muito minha esposa e por isso depois de muita traição, optei por reprimir meu sentimento homossexual, acho que só aprendemos a controlar nossos desejos com o passar dos anos, e é claro, se eu não tivesse tido essas experiências, eu passaria minha vida toda pensando em como seria sentir prazer com um homen,e em como seria realizar um desejo que vinha me sufocando desde a infância, um desejo que sempre foi reprimido por falta de informações e até mesmo preconceito próprio. Se eu disser que me arrependo de ter traído minha esposa com homens, estou mentindo, porque na verdade isso acabou nos unindo ainda mais e eu aprendi tanto com os homens com os quais me relacionei (geralmente homens maduros), que pude aproveitar muito em meu relacionamento. Sim, minha esposa descobriu quem eu sou, descobriu a minha dupla personalidade, ou bissexualidade como queiram.
A internet facilitou muito minha vida em relação a homossexualidade, posso dizer que 90% dos homens com que me relacionei durante os cinco anos em que vive uma vida dupla, eu conheci na internet, mas foi através dela também que minha esposa descobriu tudo.
Acho que é melhor falar sobre o início, onde tudo começou, minha infância. Desde que eu me lembro, sempre tive desejos sexuais, é estranho dizer que um menino de seis, sete anos de idade sente desejo sexual por alguém, mas eu sentia, de certa forma eu sentia tesão por homens mais velhos e também sempre achei homens coroas bonitos, na minha cabeça isso era muito estranho, por isso fico puto quando vejo as pessoas discriminando os homossexuais, (também fico puto vendo homens se portando como se fossem umas cadelas no cio, perdendo o senso do ridículo e expondo à sociedade uma imagem negativa), como as pessoas podem discriminar uma coisa que nem conhecem?, algo que eu tenho certeza que se desenvolve no inconciente de uma criança, por um ou outro motivo, e que eu também tenho certeza, não é falta de vergonha na cara ou, modismo como dizem por ai.
Eu fui crescendo e percebendo as diferenças entre meus amigos e eu, mas sempre me portei como um menino normal, aprendemos na infânica que meninos gostam de meninas e meninas gostam de meninos, então, sempre achei que do dia pra noite eu também iria gostar de meninas como meus amiguinhos. Quando eu tinha dez anos tive experiências com dois meninos que conhecia, mas foi algo como: pegar no penis um do outro e acariciar as nadegas, no máximo esfregar o pinto na bunda um do outro, sem penetraçao. Nessa época ainda não tinhamos tido nossa primeira ejaculação, então quando sentiamos o penis doer, parávamos, depois eu fui entender que aquilo não era dor, isso aconteceu algumas vezes, mas como sabiamos que era algo feio, acabamos esquecendo, ou deixando de lado.
Tive minha primeira ejaculação aos 11 anos, em um dia que eu estava na casa de um amigo de meu pai, nesse dia eu senti um tesão enorme por aquele cara, meu pinto tava tanto tempo duro que eu já sentia ele doer, fui no banheiro e comecei a massagear, pensando no amigo do meu pai, ai comecei a tocar punheta, já tinha ouvido falar muito pelos amigos mais velhos mas ainda não tinha feito, quando senti uma sensão muito estranha eu parei mas quis continuar e continuei até aquilo explodir de um geito que todos sabemos como é, jorou pora pra todo lado, esse é o dia em que a rotina da vida de um menino muda para sempre.
Na adolecência eu me apaixonei por uma menina que estudava comigo, era uma nova fase em minha vida, agora eu me masturbava pensando em meninas, achei então que aquele dia que eu sempre esperava tinha chegado, agora eu era igual aos meus amigos, sentia tesão por meninas e, como era gostoso aquele sentimento sem culpas.
Aos 15 anos eu comecei a estudar durante a noite, foi quando eu conheci uma moça que estudava comigo, ela tinha 17 anos, eu gostava muito dela como amigo, mas ela era muito apaixonada por mim, foi minha primeira foda (outro conto), ela era muito safada e me ensinou muita coisa, aquele foi um ano muito bom. Depois acabei mudando de colégio e me afastando dela.
Até os 21 anos tive outras paixões, sempre com meninas, nada que durasse mais de seis meses, foi uma fase muito intensa, é o período que não queremos perder tempo, sempre estamos muito ansiosos e parece que nada acontece rápido o suficiente. Mas derrepente tudo estava mudando novamente, eu tinha me apaixonado por um colega de trabalho (30 anos, casado e uma filha), o cara era muito legal e de certa forma carinhoso, tinha uma magia que me cativava, de certa forma ele percebeu o que eu sentia, mas eu nunca tive coragem de me abrir com ele. Foi a fase negra da minha vida, como esquecer uma pessoa que você vê todos os dias e o dia todo, uma pessoa que te trata com atenção e gentileza.
Entre os 21 e 24 anos tive poucas aventuras com mulheres e todas eram muito sem sentido e frias, eu andava depressivo e não gostava de sair muito para festas, a paixão por meu colega de trabalho foi esfriando e nesse período acabei conhecendo uma pessoa, que mais tarde se tornaria minha esposa. Eu tinha 24 anos e ela estava para completar 19 anos, nosso namoro começou de uma forma bem amistosa, ela tinha acabado de sair de uma ralação complicada e eu ainda andava muito confuso com minha situação, famos nos conhecendo melhor e nos apaixonamos. Essa fase foi maravilhosa estavamos apaixonados e compartilhavamos de ótimos momentos juntos, depois de 4 anos de namoro e noivado, acabamos nos casando.
Nossos primeiros anos de casados faram muito bons, o sexo era intenso e faziamos muita coisa juntos, assim como ocorre em todos os casamentos. Depois de algum tempo percebi que meu casamento tinha entrado em declínio, a rotina, o trabalho e outros fatores acabam afetando a vida conjugal de um casal. Foi nesse período que eu tive minha primeira experiência sexual com homem, foi algo impactante na minha vida, aquele desejo reprimido no inconciente que me assolava desde a infância, agora tinha sido realizado, foi muito bom, nossa, e como é bom uma transa com outro homem, se você é bissexual, sabe o quão diferente é transar com um homem. Fiquei com muito medo e inseguro, pois estava sentindo algo que eu ainda não havia sentido, e o meu casamento estava em crise, não queria colocar em jogo tudo aquilo que eu e minha esposa tinhamos contruido juntos, nosso comprometimento estava em risco e isso me assustava.
Fui conhecendo outros homens e aprendi muito nesses relacionamentos, percebi que jamais iria querer viver com um homem, essa possibilidade foi claramente descartada, pois não entendo o comportamento dos homens, sentia que minha esposa tinha muito mais a oferecer do que somente sexo enquanto os homens só me ofereciam sexo, claro que fiz amizades, mas nunca tive grandes espectativas de um relacionamento sério.
Depois de minha esposa descobrir o que eu andava fazendo, tivemos um período difícil, mas foi nesse período que acabamos nos aproximando ainda mais. O sexo ficou mais intenso e ardente, e uma nova fase estava começando em nossa vida de casados. Tinhamos passado por uma prova de fogo, a infedelidade, motivo de muitas separações entre casais, a minha esposa ter me perdoado e entendido minha fraquesa me fez ver o quanto ela gostava e se preocupava comigo, e isso me fez perceber que eu à amava.
Não digo que eu jamais vá traí-la novamente, ter que reprimir um desejo tão intenso é algo muito difícil. Mas com certeza se acontecer, será com alguém que vá valer a pena, talvez um amigo ou quem sabe, mas sei que não quero jamais colocar em jogo minha vida conjugal, não quero estragar algo tão importante para minha vida.
Aos homens que sentem desejos homossexuais mas nunca tiveram coragem de se entregar, posso dizer que eu não gostaria de ter morrido sem realizar esse desejo, pois foi muito importante para mim, eu aprendi muito e pude colocar na balança o que realmente importa. Sempre fiz tudo sem sentimento de culpa, se queremos fazer algo não podemos ficar nos sentindo culpados, apartir do momento que comecei a me sentir culpado, foi o momento que decidi me afastar e seguir minha vida de forma mais verdadeira.

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